History of Education in the Transexual Biography José Honorato Batista Neta

Authors

  • Lia Machado Fiuza Fialho Universidade Estadual do Ceará. Brasil Author
  • José María Hernández Díaz Universidad de Salamanca. España Author
  • Vitória Cherida Costa Freire Universidade Estadual do Ceará. Brasil Author

DOI:

https://doi.org/10.14516/fde.796

Keywords:

History Education, Biographies, Oral history, Transsexual, School, Established prejudices

Abstract

The article deals with the narrative of the life story of José Honorato Batista Neta, with emphasis on the institutionalized education of a transgender, poor, black, resident of the periphery, who can school to gain entry to public and free higher education, constantly tensioning inherent prejudices formal education in Brazil. The aim of the study was to understand paradigms that do not present the context of educational institutions that endorse prejudices historically instituted in transsexuals, especially the poor and black. A biographical research was developed, supported theoretically in Cultural History, with a micro-historical perspective, which used the methodology of Oral History. Situated in the history of the present, the time frame was delimited by the year José Neta began his schooling and the year he joined as a Pedagogue at Universidade Estadual do Ceará-UECE (2000-2017). It was found that José Neta was born with the male body, but soon realized that no such anatomy was identified, as well as with the behavioral patterns instituted for males. During childhood and adolescence suffered psychological and physical violence due to their sexual orientation –name calling, physical assault, rape, etc.–. The prejudice marked, in a veiled way, its educational life, however, unlike most Brazilian transsexuals, breaks with the normative paradigms conveyed by the family and school, assumes itself as a woman, empowers herself through participation in social movements during graduation and gain recognition in LGBT activism.

References

Alberti, V. (2003). O fascínio do vivido, ou o que atrai na História oral. Rio de Janeiro: CPDOC.

Alvarenga, N.M. (1997). Orlando, ou a tendência social da androginia. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, 9(2), 155-164. Recuperado de: http://www.revistas.usp.br/ts/article/view/86694

Amado, J., & Ferreira, M.M. (Org.). (2006). Usos e abusos da História oral. Rio de Janeiro: FGV.

Anjos, K.F., Santos, V.C., Souzas, R., & Eugênio, B.G. Aborto e saúde pública no Brasil: reflexões sob a perspectiva dos direitos humanos. Saúde em Debate, 37(98), 504-515. Recuperado de: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-11042013000300014.

Aquino, J.G. (1998). Diferenças e preconceito na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus.

Araújo, R.M., Esteves, M.M. (2017). A formação docente, inicial e contínua, para o trabalho com adultos em Portugal: o olhar dos professores. Educação & Formação, 4(2), 18-35. Recuperado de: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/121

Bego, A. (2016). Políticas públicas e formação de professores sob a perspectiva da racionalidade comunicativa: da ingerência tecnocrata à construção da autonomia profissional. Educação & Formação, 2(1), 3-24. Recuperado de: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/98

Bohm, A.M. (2009). Os «monstros» e a escola: identidade e escolaridade de sujeitos travestis (Dissertação. Mestrado em Educação). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Bourdieu, P., & Passeron, J.C. (1982). A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. Rio de Janeiro: Francisco Alves.

Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. (2013). Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC/SEB/DICEI.

Burke, P. (2008). O que é História cultural?. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Burke, P. (2010). A escola dos Annales (1929-1989): a revolução francesa da historiografia. São Paulo: Editora Unesp.

Burke, P. (2011). A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: Editora Unesp.

Caldart, R.S. (2001). O MST e a formação dos sem terra: o movimento social como princípio educativo. Estudos Avançados, 15(43), 207-224. Recuperado de: http://www.revistas.usp.br/eav/article/view/9832

Certeau, M. (1982). A escrita da história. Rio de Janeiro: Forenze-Universitária.

Dosse, F. (2009). O desafio biográfico–Escrever uma vida. São Paulo: USP.

Escobar, C.M.R. (2013). A politica del cuerpo: subjetividades trans en resistencia. Nómadas, 38, 133-149. Recuperado de: http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-75502013000100009&lng=pt_BR&tlng=es

Eurístenes, P., Feres Júnior, J., & Campos, L.A. (2015). Evolução da Lei nº 12.711 nas universidades federais. Levantamento das políticas de ação afirmativa (GEMAA), IESP-UERJ, pp. 1-25.

Febvre, L. (2011). Face ao vento: manifesto dos novos Annales. In Novais, F., & Silva, R. (Org.), Nova História em perspectiva (pp. 75-85). São Paulo: Cosac & Naify.

Fernández, M.P.M. (2014). Identidades de gênero e etnolinguística nas experiências de educação superior de professoras indígenas no Brasil. Em aberto, 27(92), 147-163. Recuperado de: https://doi.org/10.24109/2176-6673.emaberto.27i92.2446.

Ferreira, M.M. (2018). História do tempo presente: desafios. Cultura Vozes, 94(3), 111-124. Recuperado de: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/6842?show=full

Fialho, L.M.F., & Carvalho, S.O.C. (2017). História e memória do percurso educativo de Célia Goiana. Série Estudos, 22(45), 137-157. Recuperado de: http://dx.doi.org/10.20435/serie-estudos.v22i45.992

Fialho, L.M.F., & Nascimento, L.B.S. (2017). O que os gestores escolares da rede pública entendem sobre gênero? Revista online de Política e Gestão Educacional, 21(2), 927-945. Recuperado de: http://dx.doi.org/10.22633/rpge.v21.n.esp2.2017.10147

Fialho, L.M.F., Nascimento, L.B.S., & Xerez, A.S.P. (2016). O que as professoras da Educação Básica sabem sobre gênero?. Cadernos de Pesquisa: Pensamento Educacional, 11(27), 63-79. Recuperado de: https://utp.br/cadernos_de_pesquisa/%3e68

Fialho, L.M.F., Santos, F.M.B., & Sales, J.A.M. (2019). Pesquisas biográficas na História da Educação. Revista Cadernos de Pesquisa, 26(3), 11-29. Recuperado de: http://dx.doi.org/10.18764/2178-2229.v26n3p11-29

Fonseca, S.G. (1997). Ser professor no Brasil: história oral de vida. Campinas: Papirus.

Foucault, M. (1997). Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal.

Foucault, M. (2009). Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis- RJ: Vozes.

Gauer, G., & Gomes, W.B. (2008). Recordação de eventos pessoais: memória autobiográfica, consciência e julgamento. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 24(4), 507-514. Recuperado de: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-37722008000400014&script=sci_abstract&tlng=pt.

Gohn, M.G. (1995). História dos movimentos e lutas sociais: a construção da cidadania dos brasileiros. São Paulo: Loyola.

Grecchi, R.B. (2010). Identidade brasileira e condição do negro em «Viva o Povo Brasileiro» de João Ubaldo Ribeiro (Tese. Doutorado em Letras). Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo.

Groves, T. (2010). Qué engaña más, la memoria o los documentos? experiencias de la pedagogía Freinet en la escuela rural en los años setenta Which deceives us more, memories or documents?. Foro de Educación, 12, 171-183. Recuperado de: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=447544587010.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2015). Pesquisa nacional por amostra de domicílios: síntese de indicadores. Coordenação de Trabalho e Rendimento. Rio de Janeiro: IBGE. Recuperado de: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv98887.pdf.

Jesus, J.G. (2012). Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos. Brasília: Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional–EDA/FBN.

Lara, A.M. (2016). Políticas de redução da desigualdade sociocultural. Educação & Formação, 3(1), 140-153. Recuperado de: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/118

Le Goff, J. (2003). História e memória. Campinas: Unicamp.

Le Goff, J., & Nora, P. (1988). História: novas abordagens. Rio de Janeiro: Francisco Alves.

Libâneo, J.C. (2002). Pedagogia e pedagogos, para quê?. São Paulo: Cortez.

Lima, A. (2015). Da vida rasgada. Imagens e representações sobre o negro em Madame Satã. Crítica Cultural, 10(1), 87-108. Recuperado de: http://portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/Critica_Cultural/article/view/3012

Lima, A., & Azevedo, M.L. (2019). Processo de institucionalização da política nacional e estadual de formação docente: proposições e resistências no Paraná. Educação & Formação, 4(12), 124-147. Recuperado de: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/1126

Loriga, S. (2011). O pequeno x: da Biografia à História. Belo Horizonte: Autêntica.

Machado, L.C. (2018). Cultura negra e mestiçagem para os intérpretes do Brasil e seus espaços de disputa na sociedade contemporânea. Revista Mosaico, 9(15), 48-67. Recuperado de: http://dx.doi.org/10.12660/rm.v9n15.2018.76875.

Neta, J.H.B. (2018). Entrevistada por Freire. V.C.C., & Fialho, L.M.F.

Nietzsche, F.W. (1979). Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural.

Nóvoa, A., & Finger, M. (Org.). (2014). O método (auto)biográfico e a formação. Natal: UFRN.

Oliveira, M.R.G. (2017). O diabo em forma de gente: (r)existências de gays afeminados, viados e bichas pretas na educação (Tese. Doutorado em Educação). Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

Oliveira, L.M., & Aragão, P.C. (2018). As questões étnico-raciais nas histórias em quadrinhos e as Práticas educativas na formação inicial docente. Educação & Formação, 3(8), 171-190. Recuperado de: https://doi.org/10.25053/redufor.v3i8.276

Osmundo, P., & Sansone, L. (Orgs.). (2008). Raça: novas perspectivas antropológicas. Salvador: EDUFBA.

Petry, A.R., & Meyer, D.E.E. (2011). Transexualidade e heteronormatividade: algumas questões para a pesquisa. Textos & Contextos, 10(1), 193-198. Recuperado de: http://revistaseletronicas.pucrs.br/fass/ojs/index.php/fass/article/view/7375.

Rangel, M. (2010). A diversidade e a reivindicação de direitos nos movimentos sociais. Revista da FAEEBA–Educação e Contemporaneidade, 19(34), 39-47. Recuperado de: http://dx.doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2015.v24.n43.p%25p

Ratts, A. (2007). Entre personas e grupos homossexuais negros e afro-LGTTB. In Barros Júnior, F.O., & Lima, S.O. (Orgs.), Homossexualidade sem fronteiras. Rio de Janeiro: Booklinks/Teresina.

Reis, N., & Pinho, R. (2016). Gêneros não-binários: identidades, expressões e educação. Revista Reflexão e Ação, 24(1), 7-25. Recuperado de: https://dx.doi.org/10.17058/rea.v24i1.7045.

Rios, P.P., Cardoso, H., & Dias, A. (2018). Concepções de gênero e sexualidade d@s docentes do curso de licenciatura em pedagogia: por um currículo Queer. Educação & Formação, 3(8), 98-117. Recuperado de: https://doi.org/10.25053/redufor.v3i8.272

Scott, J.W. (1995). Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, 20(2), 72-99. Recuperado de: https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/71721

Shiroma, E.O., Moraes, M.C.M., & Evangelista, O. (2004). Política Educacional. Rio de Janeiro: DP&A.

Silva, M.R. (2015). Direito à educação, universalização e qualidade: cenário da educação básica e da particularidade do ensino médio. Jornal de Políticas Educacionais, 9(17), 61-74. Recuperado de: https://revistas.ufpr.br/jpe/article/view/41441

Silva, W.C.L. (2012). Espelho de palavras: escrita de si, autoetnografia e ego-história. In Avelar, A.S., & Schmidt, B. B. (Org.), Grafia de vida: reflexões e experiências com a escrita biográfica. (pp. 9-63). São Paulo: Letra e Voz.

Souza, H.A., & Bernardo, M.H. (2014). Transexualidade: As consequências do preconceito escolar para a vida profissional. Revista Bagoas–Estudos Gays: Gênero e Sexualidade, 8(11), 157-175. Recuperado de: https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/6548

Souza, R.G. (2002). Maternidade solitária: relatos de mães solteiras de classe populares (Dissertação de Mestrado. Curso de Pós-Graduação em Psicologia). Universidade de São Paulo, São Paulo.

Thompson, P. (1992). A voz do passado: introdução à história oral. São Paulo: Paz e Terra.

Torres, J.M. (2017). Exclusión social y educación superiora: la respuesta pedagógica. Educação & Formação, 6(2) 3-16. Recuperado de: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/157

Vasconcelos, J.G., Fialho, L., & Lopes, T.M. (2018). Educação e liberdade em Rousseau. Educação & Formação, 8(3), 210-223. Recuperado de: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/278

Vianna, C.P., & Unbehaum, S. (2004). O gênero nas políticas públicas de educação no Brasil: 1988-2002. Cadernos de Pesquisa, 34(121), 77-104. Recuperado de: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742004000100005&lng=pt&tlng=pt.

Vieira, H.P., & Therrien, J. (2015). Docência universitária e práxis pedagógica no PIBID: um olhar a partir de Paulo Freire. In Farias, I.M.S. (Org.), Aprender a ser professor: aportes sobre a pesquisa no PIBID (pp. 153-174). Jundiaí: Paco Editora.

Downloads

Published

2021-07-01

How to Cite

History of Education in the Transexual Biography José Honorato Batista Neta. (2021). Foro De Educación, 19(2), 289-293. https://doi.org/10.14516/fde.796

Similar Articles

11-20 of 348

You may also start an advanced similarity search for this article.